terça-feira, 13 de outubro de 2015

Hábitos alimentares e mitos

Com a correria do dia a dia, alta carga de trabalho e rotina intensa que atinge uma grande parte das pessoas, aumenta a dificuldade em conseguir manter uma boa alimentação. Maus hábitos geralmente vêm acompanhado de pratos preenchidos por excesso de gorduras e carboidratos. Ao mesmo tempo vazio de vitaminas, que são essenciais para uma vida saudável.


A nutricionista, Laís Teixeira Bittencourt, especialista em mutrição estética e esportiva, e personal diet, explica que adotar uma alimentação balanceada e que inclua todos os grupos de alimentos, pode garantir mais saúde, promover o bem-estar e mais energia para encarar a rotina. Para ela, é fundamental acertar nas combinações entre os alimentos.

“O ideal seria tentar sempre levar de casa para o trabalho, frutas, iogurte com cereais, castanhas, dentre outros, para os pequenos lanches. Sendo assim, evita ao máximo a ingestão de produtos industrializados como biscoitos, salgadinhos e quitandas”, diz a nutricionista.

Para as pessoas que precisam almoçar fora de casa, Laís indica que sejam evitadas frituras e alimentos gordurosos que são servidos nos restaurantes. Pela grande quantidade de estabelecimentos que oferecem churrasco, ela alerta para o cuidado com a fumaça do carvão que produz uma substância tóxica nos alimentos, cuja exposição frequente, favorece o desenvolvimento de câncer.

Ela também chama atenção em relação aos shakes comercializados com a promessa de que substituem todos os nutrientes e na verdade não o fazem, além de serem danosos ao fígado quando consumidos a longo prazo.

Em relação ao jantar, a nutricionista diz que é comum o consumo de fast foods, considerando a rotina intensa e a falta de disposição de preparar comida após uma jornada de trabalho árdua. “Esses alimentos são riquíssimos em gordura e sódio” e completa: “É sempre bom à pessoa optar por lanches simples e de fácil preparo em casa, como: saladas, grelhados, sanduíches naturais, omelete, tapioca e panqueca”.

Laís dá dicas que podem agilizar o tempo de preparo de lanches saudáveis, como: higienizar as verduras para a semana e deixar preparada porções de frango desfiado ou carne moída congelada.

Má alimentação: estilo de vida

De acordo com a nutricionista Laís Teixeira Bittencourt, a má alimentação pode significar mais do que um estilo de vida. Ao longo do prazo, pode acarretar desequilíbrios, sem que os efeitos sejam percebidos.

Um dos desequilíbrios observados são as alterações dos níveis sanguíneos de colesterol e triglicérides, associados às doenças cardiovasculares; aumento dos níveis de glicose, associados à resistência insulínica e diabetes; alterações nos níveis de pressão arterial, em virtude do alto consumo de sódio e do próprio excesso de peso; acúmulo de gordura, resultando em sobrepeso e até obesidade, fatores de risco para doenças crônicas como câncer, diabetes e doenças cardiovasculares”, informa Laís.

Além disso, uma alimentação incorreta também pode causar mau humor, cansaço, falta de energia e distúrbios do sono .

O que evitar?

Para a nutricionista Laís, as pessoas devem evitar alimentos industrializados que em sua maioria são ricos em gorduras saturadas, açúcar e sódio; frituras (ricas em gorduras e podem elevar os níveis de colesterol, além de favorecer o desenvolvimento de doenças cardiovasculares); doces e alimentos ricos em açúcar.

“A oferta frequente de açúcar no organismo pode elevar a glicose sanguínea, sobrecarregando o pâncreas – que produz a insulina, cuja função é a de regular os níveis de açúcar no sangue, podendo contribuir para o desenvolvimento de resistência insulínica e até de diabetes”, conclui.

Diet e adoçantes

A nutricionista reforça que alimentos diet e adoçantes também devem entrar na lista dos alimentos que não devem ser consumidos a livre demanda. “O fato de o alimento ser diet não é sinônimo de saudável!”, diz. Ela explica que o produto diet é desenvolvido para os indivíduos que tem restrição a algum nutriente (o mais comum é o diet em açúcar, ou seja, alimento livre de açúcar), no entanto, não significa que haverá redução nos níveis de gordura e outros componentes como o sódio.

Dessa forma, o consumo frequente de produtos diet, por indivíduos que não possuem restrição ou uma patologia específica, pode ser prejudicial, uma vez que possuirá mais gordura e mais calorias que o alimento normal. Os adoçantes, também devem ser utilizados apenas por indivíduos com restrição ao açúcar.

Para ela, na prática clínica, é observado o uso exagerado de adoçante, pois existe uma tendência das pessoas utilizarem uma quantidade exagerada de adoçantes por não conterem calorias. “E essa prática é extremamente prejudicial, uma vez que o cérebro não diferencia açúcar de adoçante e sim o sabor doce. Dessa forma, a resposta desencadeada pelo adoçante no organismo será tão ou mais prejudicial que o consumo abusivo de açúcar”, afirma Laís.

Influência emocional

Conforme a nutricionista, dependendo da hora e do alimento, diferentes nutrientes chegam ao fígado e cérebro e assim distintos hormônios e neurotransmissores são liberados. Os neurotransmissores são as moléculas do nosso cérebro que produzem os estados emocionais de prazer, alegria, estresse e tristeza, por exemplo. “O equilíbrio na produção e liberação deles depende da alimentação adequada e pode ser ajustado em função das necessidades individuais”, afirma.

“Nossa nutrição emocional também está intimamente relacionada com a alimentação”, explica Laís. Desde as primeiras experiências alimentares na infância, a relação entre a presença materna, a memória dos “sabores” da alegria, da tristeza, da euforia, da ansiedade, da saudade, e todos os nossos pensamentos, sentimentos e crenças, tudo isso interfere na forma como nos alimentamos e nos nutrimos”, conclui Laís.

Combinações erradas

Laís Bittencourt, explica que não existem combinações que podem se tornar tóxicas ao organismo. O que pode ocorrer é a interação pela absorção de nutrientes de determinados alimentos, causando inibição da absorção de outro, o que acaba sendo prejudicial por impedir a absorção total dos nutrientes. Abaixo a nutricionista indica as combinações que podem não dar tanto certo assim: os mitos alimentares mais comuns e o que verdadeiramente podem causar no nosso organismo:

Dicas para uma boa alimentação, segundo a nutricionista Laís Bittencourt:


1) Apostar em um prato colorido, garante a ingestão de uma variedade de nutrientes;


2) Fracionar as refeições ao longo do dia é essencial para manter o metabolismo ativo e evitar picos de compulsão alimentar, após longos períodos em jejum;


3) Incluir 3 porções de frutas e 3 porções de verduras ao longo do dia, garante uma ingestão adequada de vitaminas, minerais e fibras;


4) Ingerir no mínimo 2 litros de água que é essencial para uma boa hidratação;


5) Preferir alimentos integrais, como pães, torradas e o próprio arroz. As fibras nos alimentos aumentam o tempo de saciedade, além de favorecer o melhor funcionamento do intestino e a manutenção das taxas de glicose e colesterol;


6) Evitar alimentos gordurosos e ricos em açúcar;


7) Evitar o consumo frequente de açúcar e doces! Preferência por frutas como sobremesa;


8) Evitar o consumo de refrigerante e sucos industrializados. Eles são ricos em açúcar, conservantes, dentre outros componentes prejudiciais à saúde;


9) Compreender que, quanto maior a vida de prateleira (prazo de validade de um produto), menor será a sua vida (porque esse alimento será rico em conservantes para garantir essa durabilidade). Procurar sempre optar por alimentos mais naturais e frescos;


10) Evitar o consumo de bebidas alcoólicas



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