domingo, 20 de dezembro de 2015

Longevidade: quando os exercícios físicos fazem a diferença!

Estudo científico mostra que fazer exercício entre os 40 e os 65 anos tem o impacto mais direto na longevidade


A prática regular de exercício físico é essencial para uma vida saudável, mas um grupo de cientistas norte-americanos descobriu qual é a idade em que se torna mais importante fazer exercício para ter uma vida mais longa. Analisando os dados de mais de seis mil adultos, os investigadores concluíram que fazer exercício entre os 40 e os 65 anos tem um impacto direto na longevidade.

Os investigadores Loprinzi e Loenneke, da Universidade do Mississippi, e Blackburn, da Universidade da Califórnia, concluíram no seu estudo, publicado na revista científica Medicine And Science In Sports And Exercise, que a partir dos 40 anos a prática de exercício físico, mesmo que seja pouco frequente ou de baixa intensidade, passa a ter impacto na esperança de vida de cada um.

Quanto mais exercício praticavam as pessoas analisadas, fosse caminhar, andar de bicicleta ou levantar pesos, mais impacto se via num indicador de longevidade, o comprimento dos telómeros, que são componentes do ADN.

Os investigadores usaram os dados de 6500 pessoas entre os 20 e os 84 anos, recolhidos dos resultados de um inquérito nacional realizado nos Estados Unidos, acompanhados por amostras de sangue de cada um dos inquiridos.

Usando as amostras de sangue, os investigadores conseguiram analisar o comprimento dos telómeros dos inquiridos, que está relacionado com a longevidade. Os telómeros são partes do ADN cujo comprimento pode diminuir devido a vários fatores como a idade, o peso a mais, ou a presença de algumas doenças. Já foi comprovado em estudos anteriores que existe uma correlação entre telómeros curtos e menos tempo de vida. Pensa-se que a diminuição do comprimento dos telómeros esteja, assim, relacionada com o envelhecimento.

No estudo, os investigadores encontraram uma correlação estatisticamente significativa entre o tamanho dos telómeros e a prática de exercício físico (quanto mais frequente e intensa, menos se registava diminuição dos telómeros). Mas esta correlação só se verificou no grupo entre os 40 e os 65 anos, ou seja, só nesta fase da vida é que a prática de exercício físico tinha um impacto direto no comprimento dos telómeros - e, por extensão, na longevidade.

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