sábado, 26 de dezembro de 2015

13 alimentos da ceia que previnem doenças

Basta pensar na ceia de final de ano para vir na cabeça a imagem de uma mesa farta com várias comidas de natal: frutas secas, nectarina, abacaxi, castanhas, nozes, uvas, lentilha, romã, peru, chester e outras delícias. Porém, depois que o período de festas acaba, muita gente nem cogita incluir muitos destes alimentos no cardápio ao longo do ano. 

Só que, além de saborosos, eles são supernutritivos e previnem doenças. "Eles são ricos em ferro, zinco, fibras e fazem bem à saúde. Porém, preste atenção no teor calórico de algumas frutas secas e oleoginosas para não turbinar demais a dieta", explica a nutricionista chefe do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp, Anita Sachs. veja os benefícios que cada um deles traz:

Nectarina

Mais doce e nutritiva que o pêssego, a fruta é especialmente rica em beta-caroteno e potássio, e tem cerca de 50 calorias. "Também contém grandes quantidades de pectina, que ajuda a controlar os níveis de colesterol no sangue", explica a nutricionista Ana Flávia Pinheiro. 

Abacaxi

Ele é bastante recomendado por sua quantidade de fibras, mas a história de que ele queima gorduras por ser ácido é puro mito. "Ele é saudável para o intestino, hidrata, mas não queima nada", diz Anita Sachs. 

Uva

Elas são ricas em polifenóis, antioxidante que ajuda a combater os radicais livres que danificam as células, e a reduzir os riscos de doenças cardiovasculares, AVC, diabetes, demência e alguns tipos de câncer. "Elas tem fibras e água, que ajudam na hidratação e no funcionamento do intestino", explica Anita. 

Romã

A fruta que alimenta simpatias e decora mesas tem propriedades importantes para a nossa saúde. "A romã é rica em vitamina A, que ajuda a manter a pele bonita, saudável e favorece a visão. Também é rica em vitaminas do complexo B (B1, B2, B3, B5, B6), que auxiliam a circulação, aumentam a resistência às infecções, facilitam a eliminação de líquidos e previnem o estresse", explica Ana Flávia. 

Damasco

Ele possui alto valor nutritivo devido ao seu alto teor de minerais e vitamina A. É importante para prevenir a anemia e anomalias do crescimento, além de proteger o organismo de doenças glandulares. "O damasco é bastante nutritivo, mas é mais recomendado consumi-lo fresco. Cinco damascos secos têm em média 90 calorias, 30 calorias a mais do que a fruta fresca", explica Anita. 

Uva passa

Fruta semi-ácida, tem funções cicatrizantes. Estimula também a formação dos glóbulos vermelhos; ajuda no combate à anemia, às doenças renais e à hipertensão. "O ponto forte das passas são as fibras. Além de saborosas, elas caem muito bem para quem tem problemas de intestino preso, por exemplo", explica Anita. 

Ameixa seca

Deliciosa e cheia de propriedades funcionais, as dicas de receitas com a ameixa são muitas. Ela pode ser consumida in natura, em doces, caldas, recheios e geleias. "As ameixas secas são ricas em fibras e têm efeito laxativo. Fonte de vitaminas A, B e C e minerais, sua ingestão é recomendada para pessoas cardíacas ou com arteriosclerose (endurecimento das artérias), sendo útil também no controle da anemia e da bronquite", explica a nutricionista Ana Flávia Pinheiro. 

Amêndoas

Fonte de vitaminas B1 e B12, auxilia no combate da anemia, bronquite e problemas pulmonares; também contribui para manutenção dos tecidos da pele. Castanhas: podem ser utilizadas no arroz, como as amêndoas do arroz indiano, na salada de folhas, no salpicão, na farofa e sobremesas. "Por serem muito calóricas e saborosas, o perigo é serem petiscadas em grande quantidade", explica Ana Flávia. 

Castanha de caju

É fonte de vitamina B2, que auxilia no combate a arteriosclerose (endurecimento das artérias), da osteoporose (doença óssea), doenças cardíacas e doenças gastrointestinais. 

Castanha do Pará

É fonte de vitaminas B1, B2 e B6. É rica em vitamina E atuando contra o colesterol LDL (colesterol ruim) e triglicérides. Contribui para a manutenção dos tecidos e das funções digestivas. "A castanha do Pará é rica em zinco, selênio e outros antioxidantes, por isso é fundamental para saúde, porém, ela deve ser consumida crua ou assada sem sal, pois, tem muito sal e pode causar problemas para pessoas com hipertensão, por exemplo", explica Anita. 

Nozes

Além de serem ricas em magnésio e zinco, excelentes antioxidantes que ajudam na prevenção de diversos tipos de câncer e a fortalecer o sistema imunológico, que é o nosso sistema de defesa, são também ricas em niacina e outras vitaminas do complexo B, que ajudam a diminuir a vontade de comer doce. 

Contêm vitamina E, um potente antioxidante que auxilia na prevenção de problemas cardíacos e ácido linoléico, que favorece a redução dos níveis de colesterol. "As nozes se destacam por sua versatilidade nutritiva. São ricas em uma série de nutrientes que abastecem várias funções do nosso organismo. Um de seus componentes principais é o ômega 3, gordura boa encontrada em peixes de água fria, como o atum e o salmão", explica Ana Flavia. "Cinco unidades ou 10 metades por dia são mais do que suficientes", continua Ana Flávia. 

Carnes brancas

Chester, peru, frango, bacalhau. Este quarteto super requisitado nas ceias é também muito eficiente na luta contra a balança, porém, deve-se tomar alguns cuidados com a pele que os envolve e com o modo de preparo para eliminar um pouco da gordura que fica nestas carnes. 

"Elas são mais saudáveis que as carnes vermelhas, porém, têm gordura, principalmente nas peles, por isso, o ideal é fervê-las antes de assar para retirar o excesso de gordura, além de retirar a pele", explica a nutricionista da Unifesp. "Outra dica é ficar atento à quantidade de sal do bacalhau. Embora muito saudável e nutritivo, o peixe pode ser muito perigoso para hipertensos, por exemplo, por ter elevado teor de sal", continua. 

Lentilha

Você já pensou em substituir o feijão por lentilha para variar um pouco o cardápio? Ideal para a dieta e para a saúde, a lentilha é rica em proteína vegetal, ajudando na formação e no fortalecimento da massa muscular e na cicatrização de ferimentos. 
"Ela é uma excelente fonte de proteína vegetal e pode ser consumida o ano inteiro sem restrições. Além de variar o cardápio, você faz um bem à sua saúde", finaliza Ana Flavia. 










segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

A síndrome de Angelina Jolie, o ‘healthism’ e a despolitização da saúde


Em artigo no Journal of Social Policy Studies, pesquisadora destrincha o “healthism”, o imperativo moral para permanecermos saudáveis custe o que custar -inclusive, muita terapia.

A constante veiculação e a comercialização de saúde na cultura ocidental estão configurando um novo fenômeno. É o “healthism”, a doença da saúde, um imperativo moral de constante autopreservação em prol de um corpo mais saudável, mais bonito – e, de preferência, magro. O termo não é novo, mas seus “sintomas” foram compilados recentemente em um artigo no Journal of Social Policy Studies.

O healthism, no entanto, não está ligado somente aos padrões almejados pela tríade beleza-saúde-fitness. Já citado desde a década de 80, o termo aparece em artigo de Departamento da Ciência Política da Universidade de Chicago, atrelado à noção de despolitização da saúde.
Segundo os autores, a modernidade passou a entender a saúde no seu aspecto individual – e não no público. Para ter saúde, então, basta que o indivíduo, sozinho, invista na sua própria saúde e que, de preferência, se diferencie dos demais por isso.

Já no artigo do Journal of Social Policy Studies, o healthism tem Angelina Jolie como sua representante. A atriz, como muitos acompanharam, chegou a retirar as duas mamas e os ovários porque havia chances de que pudesse vir a ter câncer (chance comprovada por teste genético).

O texto não aborda o caso da atriz especificamente, mas recorre à sua imagem para aproximar e popularizar uma noção de medicina preventiva que, se levada ao extremo, pode levar à neurose e a estigmatização de estilos de vida considerados não saudáveis. Uma das inúmeras definições de neurose, segundo o International Dictionary of Psychoanalysis (MIJOLLA, 2005), é um tipo de ansiedade ou distúrbio causado pela dificuldade de lidar com a realidade, seja por algo que foi reprimido, seja porque algo é inalcançável.

A medicina preventiva, segundo Evgenia Golman, autora do artigo, ao mesmo tempo em que certamente leva a um bom prognóstico e previne enfermidades, também pode levar à prevenção de doenças que são meramente hipotéticas. 
Na onda da medicina preventiva, esse “cálculo de risco” pode ser aproveitado de maneira inadequada, por exemplo, por toda uma nova indústria que pode levar muito dinheiro surfando nessa neurose, sem necessariamente dar um retorno objetivo – de mais saúde, especificamente falando.

A estigmatização

As práticas de saúde , segundo a autora, também têm sido usadas para situar o indivíduo socialmente. Tem mais status quem mais engajado está em práticas saudáveis. Também há “uma avaliação moral de um indivíduo em função da sua participação em certas práticas [de um estilo de vida saudável]”, escreve Golman.

O tema não está só na academia. No Reddit, há um tópico sobre o healthism, que tem como gatilho para a discussão um programa de TV. Nele, uma mulher com sobrepeso debate com um treinador. O ponto central do vídeo é a gordofobia (a presunção de que uma pessoa não é saudável por ser gorda). Aqui, na Saúde!Brasileiros, já debatemos o tema. Nesse artigo, vemos como a gordofobia se conecta com o healthism –já que muitos parâmetros de saúde tem como base o IMC (Índice de Massa Corporal)- mas o tema não se encerra aqui e é para lá de controverso…

Paradoxos

Para provocar um pouquinho essa controvérsia, vale olhar para a dicotomia presente entre escolha individual e saúde pública. Dois comentários no Reddit exemplificam o paradoxo que envolve o healthism. Muitas das questões trazidas pelo healthism passam também pelo quanto um hábito saudável, embora seja uma escolha individual, só tenha consequências para o indivíduo – ou para a saúde pública como um todo.

“Claro, se algumas pessoas não são saudáveis, isso não afeta as demais. No entanto, quando uma percentagem suficientemente grande da população está com sobrepeso ou obesidade, isso afeta os outros. Eles consomem mais, poluem mais, e colocam uma carga mais pesada no sistema de saúde. Fumar é um outro exemplo que afeta os outros. Nem todos, mas muitos fumantes fumam em lugares onde não-fumantes têm que respirar o mesmo ar e muitos também jogam suas bitucas na rua.”
Outro usuário, então, responde:

“Tudo bem, mas o meu ponto é que não devemos sair por aí dizendo às pessoas como viver suas vidas. Mesmo se toda a população fuma (eu estou perfeitamente de acordo com a proibição em determinados locais), desde que eles compreendam e aceitam os riscos, a escolha é deles. Eu acho que as pessoas ficam muito irritadas com a saúde de outras pessoas. Eu posso discordar com a decisão de alguém, mas isso não vai me fazer ficar tão exaltada como alguns ficam.”


É possível evitar uma crítica moralista?

Uma ressalva a se fazer é não cair em uma crítica moralista dessa busca pela saúde. No livro “O Corpo Incerto” (2008), Francisco Ortega, nos ajuda a compreender melhor esse fenômeno. Segundo ele, falar que uma preocupação extrema com a saúde é ceder à sociedade de consumo, ou que o aspecto é patológico porque há uma busca pela dor (como cirurgias plásticas e excesso de exercícios) é simplista. Não dá conta da complexidade do tema e nega experiências subjetivas do corpo.

Para destrinchar o tema, autor estabelece uma distinção entre corpo vivido e corpo objetivo. O segundo trata desse corpo da medicina, o do organismo vivo, que atualmente é alvo de medidas para prevenção de riscos. O primeiro trata da experiência subjetiva do corpo, aquele que eu tenho e acredito que seja o melhor para mim.

Após essa diferenciação dessas duas dimensões dos corpos, Ortega aponta, de maneira bem simplificada aqui, que a exposição a dor e a riscos é uma tentativa de trazer de volta a experiência subjetiva do corpo, que foi bloqueada pela medicina.

Esse argumento de Ortega nos volta para a questão colocada para o argumento do artigo da Universidade de Chicago, a despolitização da saúde. Se queremos combater o aumento da obesidade, por exemplo, porque se tornou um problema de saúde pública, será que a via é pela individualização e pelo estabelecimento de um corpo ideal? Ou o caminho, talvez, é diminuir a oferta de alimentos doces nas escolas, por exemplo?

Colocar um ideal de um corpo objetivo (o magro, o super saudável) não é um combustível para a neurose, já que o corpo subjetivo é o único possível, o único real?


domingo, 20 de dezembro de 2015

Longevidade: quando os exercícios físicos fazem a diferença!

Estudo científico mostra que fazer exercício entre os 40 e os 65 anos tem o impacto mais direto na longevidade


A prática regular de exercício físico é essencial para uma vida saudável, mas um grupo de cientistas norte-americanos descobriu qual é a idade em que se torna mais importante fazer exercício para ter uma vida mais longa. Analisando os dados de mais de seis mil adultos, os investigadores concluíram que fazer exercício entre os 40 e os 65 anos tem um impacto direto na longevidade.

Os investigadores Loprinzi e Loenneke, da Universidade do Mississippi, e Blackburn, da Universidade da Califórnia, concluíram no seu estudo, publicado na revista científica Medicine And Science In Sports And Exercise, que a partir dos 40 anos a prática de exercício físico, mesmo que seja pouco frequente ou de baixa intensidade, passa a ter impacto na esperança de vida de cada um.

Quanto mais exercício praticavam as pessoas analisadas, fosse caminhar, andar de bicicleta ou levantar pesos, mais impacto se via num indicador de longevidade, o comprimento dos telómeros, que são componentes do ADN.

Os investigadores usaram os dados de 6500 pessoas entre os 20 e os 84 anos, recolhidos dos resultados de um inquérito nacional realizado nos Estados Unidos, acompanhados por amostras de sangue de cada um dos inquiridos.

Usando as amostras de sangue, os investigadores conseguiram analisar o comprimento dos telómeros dos inquiridos, que está relacionado com a longevidade. Os telómeros são partes do ADN cujo comprimento pode diminuir devido a vários fatores como a idade, o peso a mais, ou a presença de algumas doenças. Já foi comprovado em estudos anteriores que existe uma correlação entre telómeros curtos e menos tempo de vida. Pensa-se que a diminuição do comprimento dos telómeros esteja, assim, relacionada com o envelhecimento.

No estudo, os investigadores encontraram uma correlação estatisticamente significativa entre o tamanho dos telómeros e a prática de exercício físico (quanto mais frequente e intensa, menos se registava diminuição dos telómeros). Mas esta correlação só se verificou no grupo entre os 40 e os 65 anos, ou seja, só nesta fase da vida é que a prática de exercício físico tinha um impacto direto no comprimento dos telómeros - e, por extensão, na longevidade.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Saiba como evitar azia e mal-estar após as ceias de Natal e Ano Novo

O fim de mais um ano está chegando e com ele as tradicionais ceias de Natal e Réveillon. Fartas e variadas, ambas sempre trazem uma deliciosa combinação de assados, saladas, frutas, grãos e sobremesas que, além de encher os olhos, dão água na boca! Mas é preciso ter cuidado. Afinal, exageros costumam provocar azia, mal-estar e, em casos extremos, até quadros de intoxicação alimentar. "As ceias contam com uma grande quantidade de carnes gordurosas, doces, refrigerantes, bebidas alcoólicas, pratos e saladas feitas à base de muitos condimentos. Por isso, o primeiro passo para evitar problemas estomacais é ter cautela e provar de cada item da mesa em menores quantidades”, diz o Dr. André Siqueira Matheus, gastroenterologista do HCor – Hospital do Coração. 

Evite dormir depois de comer

Segundo o Dr. Siqueira, outro cuidado importante com o sistema digestivo durante as festas está relacionado ao horário da ceia. De acordo com a tradição de muitas famílias, o momento de cear juntos é sempre após a meia-noite. “Isso pode trazer problemas para a digestão se a pessoa for dormir logo depois de comer. Afinal, o intestino trabalha mais devagar durante o sono e deitar facilita a ocorrência de refluxo, causando a azia no dia seguinte", explica. “Muitos, inclusive, ficam sem se alimentar durante todo o dia para poder comer ainda mais durante a noite. Isso só piora a situação. O ideal é que as pessoas se alimentem em pequenas quantidades de três em três horas, até o momento da ceia”, aconselha o médico do HCor, lembrando que, quanto maior for o intervalo entre as refeições, maior o apetite e maior será a quantidade de alimento ingerido, o que também prejudica digestão.

Troque comida industrializada por alimentos naturais

Para facilitar a digestão durante a noite, a recomendação do Dr. Siqueira é preferir frutas, verduras e sucos naturais a alimentos industrializados e refrigerantes. “Além de ser mais nutritivos, alimentos naturais ajudam o processo de digestão e não agridem o estômago e intestino”, explica. “Além disso, o excesso de bebidas, como geralmente ocorre nestas festas, também prejudicam o processo de digestão. O melhor é tomá-las de forma moderada e evitar qualquer bebida durante as refeições para evitar dores de estomago e principalmente azia", alerta o gastroenterologista do HCor.

Em caso de exagero, opte por comidas leves no dia seguinte

Nos casos em que os excessos gastronômicos não puderam ser evitados durante a ceia, a dica do médico é procurar alimentos leves no dia seguinte, como carne magras, verduras, legumes, frutas e sucos naturais. “A ingestão de fibras também é recomendada para melhorar o processo digestivo. Contudo, é importante lembrar que a melhor maneira de evitar esse tipo de mal-estar é comer com parcimônia no dia anterior”, aconselha o Dr. Siqueira.

Evite bebidas alcoólicas em excesso

Durante a ceia, é melhor evitar bebidas alcoólicas em excesso, já que elas são ricas em calorias e também prejudicam o processo digestivo e agridem estômago e intestino. Caso opte por consumi-las em maior quantidade, a sugestão do médico do HCor é tomar um copo de água para cada copo de bebida alcoólica. Isso evita a desidratação, a ressaca e eventuais sensações de mal-estar. “Se beber um pouco mais, jamais tome remédios ou tente provocar vômito, caso não se sinta bem. Água e repouso são as melhores alternativas. Se a situação ficar mais séria, o aconselhável é procurar ajuda médica em um pronto socorro”, recomenda o gastroenterologista.

Proteja os alimentos das bactérias

Pratos como maionese, salada de macarrão ou salpicão estragam ou azedam com mais facilidade. Por isso, o ideal é que eles sejam consumidos logo depois de serem preparados. Isso evita o surgimento de bactérias. “Micro-organismos como a salmonela costumam se proliferar rapidamente nos ovos que utilizamos para preparar a maionese, por exemplo. Esse tipo de bactéria é perigoso, porque pode causar problemas graves como intoxicação alimentar", alerta o Dr. Siqueira. “No caso desses pratos, a recomendação é sempre utilizar maionese industrializada, deixar os ingredientes separados em potes bem tapados e misturá-los somente na hora em que for comer. Com esses cuidados, é possível desfrutar das ceias de maneira saudável e prazerosa”, finaliza o gastroenterologista do HCor.


segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Estilo de vida saudável: bora praticar?

A correria do dia a dia não é mais desculpa quando se fala em aliar alimentação saudável à ingestão de nutrientes fundamentais para o corpo. Praticar exercícios físicos e abandonar hábitos e vícios que não fazem bem, são essenciais!


O que comer e a forma como se vive, são fatores importantes para a saúde. A adoção de hábitos melhores no estilo de vida podem ajudar a prevenir a ocorrência de várias doenças. ??São muitas as formas como se pode modificar a dieta e o estilo de vida para obter benefícios a longo prazo para a saúde. Fazer alguns “ajustes” na vida, são fundamentais, de modo a obter benefícios a longo prazo para a saúde. No entanto, existe diferença entre alimentação saudável e a nutrição. “Nutrir é colocar para dentro das células os nutrientes que elas precisam, e alimentação é um ato social que envolve sabor, a família ao redor da mesa. Quando eu falo em nutrição, me refiro à macro e micro nutrientes – proteínas, carboidratos, gorduras vitaminas e minerais, e quando eu falo em alimentação eu falo em alimentos. Ou seja, eu posso nutrir uma pessoa, até mesmo no hospital, através de sonda ou soro, mas a alimentação envolve sentimento, prazer”, explica Dr. Nataniel Viuniski, médico nutrólogo especializado em obesidade e membro do Conselho para Assuntos de Nutrição da Herbalife. 

Viuniski tem ampla experiência no setor e apoia uma alimentação balanceada com uma dieta apropriada para redução de peso. Hoje, ele é um dos principais nomes para falar sobre os shakes para controle de peso – ou Substitutos Parciais de Refeição – no Brasil. Segundo ele, em função das rotinas cada vez mais agitadas do século XXI, todos trabalham, estudam e têm foco na alimentação mais ligada ao prazer, o que não é suficiente para colocar para dentro do nosso corpo todos os nutrientes necessários. “Hoje vemos alguns desequilíbrios por que nessa população, temos pessoas carentes de nutrientes e com excesso de calorias. O que está acontecendo é que a alimentação está desequilibrada e não fornece uma boa nutrição”, destaca.

O médico pontua, que a maneira de corrigir isso, é através do estilo de vida saudável e ativo. “Quando eu falo de estilo de vida saudável e ativo, não falo nenhuma novidade, ou seja, as pessoas já sabem de tudo isso. Alguns estudos mostram por que a epidemia global de obesidade não param de aumentar. As desculpas que as pessoas oferecem são três: falta de tempo, falta de informação e falta de motivação. Falta de tempo é desculpa furada, por que a pessoa mais ocupada do mundo, se tem uma dor de dente, encontra tempo de ir ao dentista. Falta de informação atualmente não existe mais com a internet, por exemplo. O que falta mesmo, é a falta de motivação. A pessoa começa a praticar um estilo de vida melhor na segunda-feira, e na quarta-feira já está pior que quando começou. As estratégias para melhorar o estilo de vida, são aquelas que envolvem um grupo de amigos, de família, todos os indivíduos. Um motivando o outro, um grupo operativos, pessoas com o mesmo objetivo, mesmo propósito ele acaba sendo alto motivador”.

Estresse
De acordo com Viuniski, quando se abandona a alimentação tradicional, para ingerir comida rápida na rua, por exemplo, a população entra para os rankings da obesidade, hábito cada vez mais comum em todas as culturas, todos os países. “Nesse dia a dia agitado, as opções de alimentação não são as melhores. Mas há um fato interessante que é o estresse, o qual aumenta a transmissão de alguns neuro transmissores os quais favorecem para o sentimento de mais fome e depósito de gordura. Quando isso passa a ser crônico, traz uma série de mudanças onde o corpo acaba desenvolvendo gordura para proteger contra essa ameaça. E o que a gente vê, é que cada vez mais jovens, crianças e adolescente com agenda muito mais desafiantes que executivos o que acaba gerando esse estresse crônico o que somado ao erro alimentar e ao sedentarismo é o que está na raiz desses desequilíbrios”, destaca.

Suplementos nutricionais de alta qualidade
Os suplementos nutricionais são recursos que já fazem parte da rotina de muitas pessoas. Entretanto, algumas dúvidas ainda existem a respeito desses produtos. Certos suplementos devem ser entendidos como nutrientes que se tornam necessários em função de certas “janelas de oportunidade” criadas pelo estímulo dos exercícios físicos. “Quando eu falo em suplementos nutricionais de alta qualidade, quero dizer que, junto com a boa alimentação, com o exercício físico, o uso desse tipo de alimentos servem para otimizar a nutrição. Isso não é milagre, não adianta ser sedentário, fumar, beber, se já adota estilo de vida saudável, o uso dos suplementos podem melhorar a saúde”, salienta o Dr. Nataniel Viuniski.

Shakes
No Brasil, a Anvisa tem a portaria 30 de 1998 que regulamenta os shakes como alimentos com fins especiais, que servem para aumentar, manter ou diminuir o peso. “Os shakes são conhecidos na nossa legislação como substitutos parciais de refeição, das três principais refeições do dia – café, almoço e jantar, e até duas podem ser substituídas por shakes, sendo que a terceira deve ser feita com alimentos tradicionais e saudáveis, além de mais três lanches saudáveis”, comenta. Para o profissional, é necessário avaliar quem vai utilizar o shake. “Substituir uma refeição que é boa por um shake, eu como médico não vejo vantagem, no entanto, se você tem uma alimentação caótica, como por exemplo um café da manhã desequilibrado, ou que nem toma café da manhã, essa refeição, se substituída por um shake nutricionalmente seguro, é vantajosa”, orienta. “Mas não é milagre. Não adianta tomar um ou dois shakes por dia e passar o dia sedentário, comendo desequilibrado o resultado é nulo”, completa, ao ressaltar que a ingestão de todo ou qualquer produto ou suplemento nutricional, deve ser feita após conversa e indicação de profissional especializado. Ainda, segundo Nataniel Viuniski, nem todo shake é substituto de refeição. Alguns shakes são feitos para lanche saudável, outros para ser híper calóricos. “É necessário ver no rótulo de cada embalagem o tipo e para que serve cada produto. Mas os shakes substitutos de refeição, são os encontrado em supermercados, por exemplo”, alerta.

Algumas recomendações do profissional

- Seis refeições por dia: um bom café da manhã, um bom almoço e um bom jantar, no meio da manhã e da tarde e antes de dormir um lanche saudável;

- Exercícios físicos: combater o sedentarismo;

- Controle do estresse: lazer, fazer aquilo que a gente gosta com amor. 



sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Ceia saudável

Suamos a camisa o ano todo para ficar sarada para o verão e você corre o risco de colocar tudo a perder se não se controlar nas festas de finais de ano, não é mesmo? E olha só, quem está falando isso não sou eu e sim a nutricionista esportiva Camila Oliveira que sempre nos traz dicas valiosíssimas no blog.

Por isso, leia todas as dicas para ter um natal feliz e o mais importante: sem sair da rotina alimentar correta!

Fala aí, Camila!!

Assim como digo aos meus pacientes: em uma viagem de férias, carnaval e final do ano são períodos para exibir o corpinho que conquistamos durante o ano, por isso o objetivo neste momento é apenas manter o que você conquistou, sem neuras para ter resultados extremos nesta época. Afinal descansar o corpo e a mente faz parte de um processo de emagrecimento saudável.

Por isso vou dar algumas dicas que irão te ajudar nesse processo para evitar que você consiga se controlar o melhor possível:

1) Comece o dia se hidratando com um belo copão de água com limão, para ajudar no processo de detoxificação, manter seu corpo hidratado, livre de toxinas e o menos retido possível e tente manter uma boa hidratação até o final do dia.

2) Acorde no dia bem cedo e mantenha-se ativo, comece o dia com uma corrida ou qualquer outra atividade de seu interesse, como subir as escadas do seu prédio por no mínimo 15 min, assim você mantém seu gasto energético mais acelerado durante o dia.

3) Faça pequenas refeições ao longo do dia, mas não pule nenhuma! Coma pequenas porções e tente não comer nenhum alimento que esteja fora de sua “dieta”.

4) Antes de ir para a ceia encontrar família e amigos faça uma refeição leve como uma bela salada e grelhado ou uma vitamina com iogurte desnatado chia e alguma fruta, que te propiciar uma sensação de saciedade por mais tempo.

5) Use sua mão fechada como parâmetro para matar seus desejos, se você deseja comer aquela sobremesa ou aquela porção de algum prato especial não coma uma quantidade maior que a sua mão fechada.

6) Se a ceia for na sua casa, tenha opções saudáveis. Caso seja na casa de parentes ou amigos, que tal levar um prato saudável e ainda agradar quem o recebe?

7) Leve ou prepare uma água aromatizada, fica linda e ainda dá um ar de decoração. Cuidado com o álcool, este tem calorias vazias (sem nutrientes). As destiladas adicionadas de açúcar, como os coquetéis podem ser uma bomba calórica. Dê preferência ao vinho e a cada copo de álcool alterne com dois copos de água aromatizada.

8) Na hora da refeição principal encha seu prato de salada, caso não esteja com fome é sinal que você errou a mão na hora dos petiscos!

9) Dê preferência a petiscos mais saudáveis, mas cuidados que frutas secas, castanhas e patês são bastante calóricos.

10) Cuidado para não abusar de molhos! Tente pegar o alimento com o mínimo de molho possível.

11) Vá de PERU! O peru é uma ótima fonte de proteína magra!

12) Coma devagar, pois o cérebro demora 20 minutos para nos informar que estamos saciados.

13) Gosta de doces? Coma! Afinal é Natal! Mas não pegue todos que estão presente na mesa, foque apenas no que você gosta mais! E coma apenas uma pequena porção! Você é forte e logo e a vontade logo passa, concentre sua atenção em outra coisa!

14) No dia seguinte, volte para a sua vida saudável de dieta e sua rotina equilibrada e nade de ficar sem comer! Afinal ficar sem comer gera ansiedade e aumenta sua compulsão por alimentos calóricos!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Caju e castanha de caju são aliados dos diabéticos e do coração

O caju é fonte de energia, carboidrato, fonte de energia para o corpo, proteínas, importante para a formação dos músculos, e gorduras. As fibras alimentares, que contribuem para o trânsito intestinal, vitaminas do complexo B, aliadas do sistema neurológico, vitamina C, que melhora a imunidade e vitamina K, importante para a coagulação sanguínea

O caju ainda possui cálcio, bom para os ossos e dentes, zinco, essencial para diabéticos e para a imunidade, manganês e magnésio, que ajudam na formação de tecido e células e também reduzem a pressão arterial. 

Ferro, que ajuda na prevenção da anemia, fósforo, essencial para os ossos, cobre, importante para a respiração, potássio, necessário para a contração muscular, e inúmeros outros nutrientes e substâncias químicas também estão presentes no pseudofruto ou na castanha. 

O caju é indicado no tratamento de anemia, previne problemas de visão como a catarata, ajuda no fortalecimento dos ossos, na prevenção de células cancerígenas e fortalece os ossos. A presença de compostos fenólicos ajuda a prevenir doenças do coração e devido às fibras, o pseudofruto contribui para o trânsito intestinal, diminuindo a prisão de ventre. 

O caju ajuda a prevenir o câncer de pulmão, mama, próstata e de boca, pois é rico em licopeno e beta caroteno, que constituem uma excelente fonte de flavonoides, que por sua vez são um dos melhores combatentes do câncer. Ele contém um flavonoide chamado proantocianidinas, que inibe o desenvolvimento do tumor e previne o crescimento de células cancerosas.

Já a castanha do caju possui gorduras monoinsaturadas na forma de ácido oleico, que reduzem o nível elevado de triglicérides, diminuindo a pressão sanguínea e melhorando a circulação. Também é uma fonte de ômega-3, ácidos graxos, que é conhecido por combater problemas cardíacos e impedir arritmia cardíaca. 

Para os diabéticos, é importante saber que o caju possui baixa quantidade de açúcares, não aumentando a quantidade de açúcar no sangue rapidamente e também ajuda no combate de diabetes tipo 2. 

Outros benefícios são: o fortalecimento do sistema imunológico, a prevenção contra cálculos biliares, prevenção contra radicais livres ajudando no rejuvenescimento da pele, aumento da flexibilidade de músculos e articulações, e também melhoram a cicatrização de ferimentos. 

É recomendado que seja consumida de 3-5 castanhas por dia, por ter um valor calórico elevado. Do caju, uma unidade é o suficiente por dia. A melhor maneira de consumir o caju é em sucos, ou o próprio pseudofruto. Também pode ser consumido em doces, compotas, geleias e até tortas salgadas. 

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Dieta low carb, high fat: benefícios e cuidados ao fazer

Entenda como é este método de emagrecimento, quais alimentos ingerir e se ele realmente emagrece!

A dieta low carb, high fat propõe justamente o que seu nome diz: reduzir o consumo de carboidratos e aumentar o de gorduras. Apesar de não estar no nome da dieta, o consumo de proteínas também aumenta neste método. 

Contudo, para que o método não cause problemas, é importante ficar atento ao quanto reduzir de carboidratos e quais tipos ingerir. Também é essencial prestar atenção a quais proteínas e gorduras são consumidas e o quanto pode ser consumido de cada uma delas. 

A seguir veja as respostas para estas e outras questões sobre a dieta low carb, high fat:

Por que emagrece

Primeiramente, a dieta low carb, high fat só irá funcionar se houver uma redução das calorias ingeridas. Isto porque para que a perda de peso ocorra a pessoa precisa ingerir menos energia do que gasta. O possível motivo para a eficácia da dieta low carb, high fat é a saciedade que as gorduras proporcionam. "O carboidrato é metabolizado mais rapidamente pelo organismo, fazendo com que a pessoa sinta fome antes, enquanto as gorduras demoram mais", explica o médico nutrólogo Paulo Henkin, diretor da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). A dieta low carb, high fat defende também a maior ingestão de proteínas. Este macronutriente também proporciona maior saciedade, pois sua absorção é mais lenta.

Quais gorduras ingerir

É importante que a alimentação seja composta por gorduras poli-insaturadas, monoinsaturadas e saturadas. "Se eu fosse passar este tipo de dieta ia estipular que entre as gorduras, 33% fosse poli-insaturada, 33% monoinsaturadas e 33% saturadas. A única gordura que deve ser proibida é a hidrogenada", constata Henkin. 

As gorduras hidrogenadas favorecem uma série de problemas de saúde, como aumentar os níveis do colesterol ruim e reduzir o bom, elevar o risco de AVC e problemas cardiovasculares, entre outros. 

As gorduras poli-insaturadas e monoinsaturadas são as chamadas gorduras boas. Elas são benéficas para o cérebro e o sistema cardiovascular. As gorduras boas também têm ação anti-inflamatória. Alguns destes ácidos graxos ainda podem ser aliados da visão, contribuir para o controle da pressão arterial e prevenir o diabetes e a obesidade. 

As gorduras são muito importantes para esta dieta, pois além de proporcionarem saciedade, elas também oferecem mais sabor aos alimentos. Ingerir pratos gostosos faz com que a dieta fique mais fácil de ser seguida. 

Os alimentos que possuem gorduras boas são: peixes, especialmente aqueles de águas profundas e frias como o salmão e a sardinha, as oleaginosas, o abacate, sementes como a chia, o gergelim e a linhaça, e óleos vegetais, como o azeite. 

As gorduras saturadas não podem ser ingeridas em grandes quantidades, pois há o risco delas elevarem os níveis de colesterol. Alimentos com gorduras saturadas que podem ser ingeridos são os laticínios desnatados ou semi-desnatados e as carnes magras.

Quais proteínas ingerir

As proteínas são essenciais para a dieta. Mas não vale qualquer tipo de proteína. "Deve-se aumentar o consumo das proteínas magras, com menor quantidade de gordura saturada. Assim, deve-se reduzir o consumo de pele de aves e gordura da carne", orienta a nutricionista Rita de Cassia Leite Novais, especialista Minha Vida.

Então, procure ingerir carnes brancas, como frango e peixes. Evite carnes vermelhas e se for ingeri-las opte pelos cortes mais magros, como o miolo de alcatra. Leite e derivados também são fontes de proteína, mas prefira as versões semi-desnatadas e desnatadas. Outra boa alternativa é o ovo, ingira um por dia, preferencialmente cozido. 

As proteínas são grandes aliadas dos músculos. Isto porque elas ajudam a reparar os músculos que sofreram microlesões devido à prática de exercícios. Esses músculos são reparados e ficam maiores. Além disso, elas proporcionam saciedade e são essenciais para os ossos, pele e órgãos.

Quais carboidratos reduzir

Para que esta dieta seja realizada de forma saudável, os carboidratos devem ser mantidos. Afinal, eles são uma ótima fonte de energia, protegem o cérebro e proporcionam sensação de bem-estar. Ao ingerir os carboidratos, procure priorizar as versões ricas em fibras. Tratam-se dos integrais, como pão, arroz e macarrão integrais, e também as leguminosas e vegetais. "Evite alimentos ricos em açúcar, como doces, e massas, arroz e pães refinados", diz Rita de Cassia Leite Novais.

Atenção às quantidades

A orientação em uma alimentação convencional é que 50 a 55% do que é ingerido no dia seja carboidrato. Já nos métodos low carb, o macronutriente pode compor entre 45% a 5% do que é consumido em um dia. É importante ressaltar que a redução extrema de carboidratos, algo abaixo de 40%, até proporciona o emagrecimento, porém ele não será saudável e pode ter uma série de consequências graves para a saúde. Também é importante ficar atento às quantidades de gorduras e proteínas. "A recomendação saudável é que cerca de 30% da alimentação seja composta por gorduras e 10 a 15% por proteínas", explica Paulo Henkin. É possível mudar essas proporções, mas é importante que isso seja realizado com a orientação de um nutricionista ou médico nutrólogo.

Problemas da dieta

O excesso de gorduras pode causar problemas de saúde. "Quando ocorre o aumento dos ácidos graxos há o risco de problemas cardiovasculares", destaca Paulo Henkin. O aumento do consumo de proteínas também pode prejudicar o coração, além disso, os rins e fígados são afetados. 

Caso a redução de carboidratos seja drástica, podem ocorrer uma série de complicações. Entre elas, a diminuição no metabolismo basal, o que dificulta uma perda de peso futura, fazendo o corpo usar como combustível a fonte secundária que são os aminoácidos provenientes principalmente dos músculos. Por isso, nessas dietas boa parte do peso perdido não é gordura, mas sim músculo e água. 

Outros sintomas da falta de carboidratos são: dor de cabeça, sono excessivo durante o dia ou falta de sono a noite, letargia, déficit de atenção, oscilações de humor, prisão de ventre, cansaço e falta de disposição.

Quem não pode fazer

A dieta low carb, high fat não é indicada para alguns grupos de pessoas. "Indivíduos que sofrem de insuficiência renal, cardíaca ou hepática ou diabetes não devem segui-la. Atletas e praticantes de atividades físicas também devem consultar um nutricionista para realizar a avaliação", orienta Rita de Cassia Leite Novais.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Educação nutricional

Recentemente a busca por qualidade de vida e alimentação saudável vêm atraindo as pessoas de diferentes idades, classes sociais e graus de instrução. De igual modo, desperta interesse a possibilidade de se desenvolver estilos de vida saudáveis, para o que ocupa posto privilegiado a alimentação e a educação nutricional.

Mas, afinal, o que é Educação Nutricional?

O ser humano aprende e se desenvolve ao longo de sua existência, no esforço por responder aos desafios cotidianos. A educação é uma prática constante. Acontece por intermédio de ações de instrução e ensino planejadas por pessoas capacitadas para tal. A educação nutricional consiste em manter as pessoas informadas sobre uma alimentação saudável, e principalmente estimular a mudança de comportamento por parte da comunidade para alcançar objetivos.

Muitas pessoas estão em busca de um corpo mais bonito. São diversas formas de cuidar do corpo, no entanto cada uma tem função única e pode apresentar resultados diferentes, pois cada organismo reage de uma maneira distinta. A maioria das pessoas, principalmente as mulheres, querem emagrecer, porém, antes de aderir uma dieta ou método para conquistar esse objetivo, é importante procurar uma nutricionista para avaliar os motivos do excesso de peso e as necessidades do organismo. Em muitos casos, alguns métodos podem ser prejudiciais para a pessoa com sérias complicações. É importante analisar todas as condições. Faça a escolha certa para conquistar o corpo desejado, obtendo, assim, bem-estar, saúde e beleza.

Dietas

Existem diversas dietas que ajudam a conquistar um corpo mais magro, afinando a silhueta. As dietas podem ser feitas, desde que todos os nutrientes essenciais para manter o organismo funcionando adequadamente sejam ingeridos. Dessa forma, é fundamental consumir vitaminas, minerais, fibras e os demais nutrientes que o corpo necessita para se manter saudável e eliminar peso. Por isso, faça o regime mais adequado, e colha os benefícios para o organismo.

Coma muitas frutas, legumes e verduras, pois esses alimentos possuem fibras, vitaminas e minerais em quantidades apropriadas para manter a saúde do corpo. Além disso, elas possuem uma pequena quantidade de calorias, que seria armazenada na forma de glicose ou gordura corporal. Gorduras boas podem ser consumidas, porém é importante muita moderação, pois elas possuem alta concentração de calorias e isso pode causar aumento de peso. Carboidratos são importantes, no entanto devem ser consumidos em pequenas porções. A carne pode ser ingerida, mas de preferência magra, assada, cozida. Uma excelente dica é o consumo de peixes, pois além de saudáveis algumas espécies, como a sardinha e o salmão possuem ômega 3. Os ácidos graxos ômega 3 são gorduras essenciais para o organismo e pode prevenir inúmeras doenças. Dentre elas doenças cardiovasculares. Além disso, seu consumo está associado a ações anti-inflamatórias, na redução do colesterol ruim (LDL), na regeneração dos neurônios, no desenvolvimento cerebral e até no combate à epilepsia.

O ômega 3 está presente em boas quantidades em diversos os peixes, porém a quantidade destes ácidos graxos é maior na sardinha. Boa fonte alimentar de ômega 3, a sardinha se torna ainda mais tentadora especialmente pelo preço acessível de comercialização aqui no Brasil. Quer coisa melhor? Economize no bolso e exagere na saúde. Porém, caso você não compre a sardinha in natura e prefira pelo enlatado tenha em mente que este é um produto animal e estraga com muita facilidade. Saiba que, a indústria adiciona alguns aditivos que conservam mais o alimento. E esse aditivos não são bons para o seu organismo.

Como emagrecer

Antes de iniciar uma dieta e exercícios para emagrecer é importante entender que para eliminar peso a pessoa precisa gastar mais calorias do que ingere durante o dia, pois assim, além de perder peso, o indivíduo não irá voltar a engordar. Sendo assim, é importante seguir uma dieta que possa suprir as necessidades do organismo sem que o corpo adquira gordura e praticar atividades físicas. Dessa forma, siga dicas de como emagrecer sem prejudicar a saúde, lembrando que antes de começar qualquer dieta, deve-se procurar uma nutricionista.

O que evitar

Além de manter uma alimentação mais saudável com poucas calorias, existem alimentos que devem ser evitados, pois podem causar danos a saúde e aumento de peso. Evite o consumo de frituras e gorduras ruins, pois, além de prejudicar a saúde do organismo, aumentam as gorduras localizadas. Não abuse de sal, refrigerantes e açúcar, pois o excesso de açúcar no sangue pode acarretar doenças como a diabetes. O sal e o refrigerante podem provocar o surgimento de celulites. Alimente -se de três em três horas, mastigando bem os alimentos.

Pratique exercícios físicos

Manter uma alimentação equilibrada ajuda a manter uma qualidade de vida saudável, contribuindo para a perda de peso e prevenindo o surgimento de diversas doenças. Porém, para conseguir emagrecer e obter o resultado esperado é necessário gastar muitas calorias. As atividades físicas devem fazer parte do dia a dia de quem precisa emagrecer, fortalecendo a musculatura e favorecendo a perda de peso.

A mistura de um regime apropriado e exercícios físicos diários irão ajudar a perder peso, mantendo o corpo bonito, elegante e mais saudável. Assim, os resultados serão obtidos e a pessoa ficará com a autoestima elevada e satisfeita com a própria aparência.

Não tenha pressa de emagrecer, emagreça com saúde, se alimentando bem. Faça uma reeducação alimentar e esteja sempre de bem com a balança. 


sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Como consumir menos açúcar!

Já é sabido que qualquer ingrediente em excesso não faz bem à saúde. Com o açúcar não é diferente. Porém, na prática, é comum as pessoas terem dificuldade para determinar as quantidades adequadas desse alimento no cardápio. Vale lembrar que a busca pelo consumo correto deve ser norteada pelo equilíbrio, ou seja, não significa a exclusão, mesmo porque dietas restritivas não resolvem um problema.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a recomendação diária de consumo do açúcar é de 50 gramas. “É um ingrediente que pode e deve entrar numa dieta equilibrada. A reeducação alimentar é a melhor saída, seja o emagrecimento ou a busca por um estilo de vida mais saudável. Isso porque o organismo precisa de todos os nutrientes para o seu bom funcionamento”, explica Marcia Daskal, nutricionista e proprietária da Recomendo Assessoria em Nutrição.

O Dr. Daniel Magnoni, cardiologista e nutrólogo do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, afirma que a sociedade precisa se atentar de que a redução do açúcar isoladamente não é a solução. “O equilíbrio é em todos os sentidos. Não adianta reduzir o açúcar, mas manter o consumo excessivo de outros carboidratos e gorduras, por exemplo. Os benefícios de uma vida saudável estão na redução da ingestão calórica, associado ao aumento de atividade física, redução de estresse, entre outros fatores”, diz.

Com consciência, todos os alimentos são permitidos. 
Confira abaixo as sete dicas da nutricionista para consumir o açúcar com equilíbrio:

Açúcar adicionado aos alimentos – Reduzir as porções adoçadas pelo próprio indivíduo. Numa receita de bolo, por exemplo, ou no café. Se você usa uma colherzinha de açúcar, experimente colocar 3/4 de colher ou não esvaziar completamente o saquinho.

Atenção no tamanho da porção – Mesmo que o indivíduo goste de colocar bastante açúcar, é preciso verificar se cabe para o produto que vai consumir. Não faz sentido usar dois saquinhos para um chá pequeno, por exemplo.

Peça a parte – Qualquer bebida solicitada num restaurante ou em qualquer estabelecimento pode ser adoçada na mesa. Isso garante um controle maior da quantidade que estará no copo.

Peneirar cereais matinais – Antes de consumir, despejar a porção em uma peneira para economizar muito do açúcar desnecessário presente nesse tipo de alimento.

Evite o hábito – É comum as pessoas adoçarem a bebida antes mesmo de experimentar. Isso acontece pelo costume do uso de açúcar. Ao colocar no copo, prove! Muitas vezes, o líquido já está naturalmente adoçado o suficiente.

Conhecer a quantidade de açúcar dos alimentos – Basta ler os rótulos e descobrir o quanto de açúcar ou seus similares – sacarose, glicose, glucose, frutose, maltose, lactose ou xarope – tem na lista de ingredientes. Os ingredientes aparecem na lista em ordem decrescente de quantidade.

Diário de consumo – Para os que precisam de mais organização, utilizar um caderno para anotar tudo o que usou açúcar. Além de equilibrar o consumo, ajuda a visualizar os momentos em que o corpo mais pede o ingrediente.


quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Dieta do DNA: técnica leva em conta o código genético para emagrecer



O método consiste na análise de alguns genes, mas ainda não está completamente desenvolvido

Imagina fazer uma dieta personalizada de acordo com seu código genético? É isso que propõe a dieta do DNA, uma dieta que é feita conforme a análise dos genes de cada pessoa, trazendo mudanças personalizadas na alimentação e exercícios do indivíduo. Nessa análise são levados em conta os polimorfismos, alterações genéticas gerais de algumas populações, que fazem com que o organismo tenha alguma característica diferente.

A técnica é possível graças aos avanços do mapeamento genético e sequenciamento do DNA, que permitiram os geneticistas descobrir a função de diversos genes. No entanto, o geneticista Ciro Martinhago, diretor da Chromosome Medicina Genômica em São Paulo e membro da equipe de genética do Hospital Albert Einstein, acredita que os resultados da técnica ainda não sejam certeiros. "Existem muitos genes cuja função não conhecemos completamente e que podem inclusive interferir na expressão dos genes analisados nesses testes", explica o especialista.

De qualquer forma, diversas clínicas no Brasil e exterior oferecem esse tipo de análise para quem estiver disposto a tentar. Entenda melhor como funciona essa dieta:

Por que ajuda a emagrecer?

Com a análise genética, a dieta do DNA consegue verificar quais mecanismos poderiam estar envolvidos com o aumento do peso e conduzir a dieta de acordo com essas informações, o que em teoria pode melhorar o emagrecimento. Por exemplo, algumas pessoas precisam consumir mais carboidratos para ficarem bem, portanto não devem cortá-los tanto na dieta.

Com o teste genético é possível entender melhor esse tipo de particularidade na hora de elaborar uma dieta. No entanto, ainda não se tem o conhecimento completo da relação entre o DNA e a regulação do peso, mas os avanços dos estudos possibilitarão condutas mais assertivas no futuro.

Além disso, é preciso levar em conta que só a genética não influencia completamente nas características físicas de cada um. Os fatores ambientais, como a alimentação e o estilo de vida, têm grande contribuição no desenvolvimento da obesidade. Por isso, dependendo da exposição aos fatores ambientais é possível o indivíduo apresentar uma característica oposta ao do perfil genético, e nunca vir a manifestar a condição, e vice-versa. Ou seja, os testes são mais uma previsão de um possível cenário, e não a constatação de uma condição do paciente.

Normalmente a dieta do DNA é adotada para pacientes com obesidade resistente, ou seja, que não conseguem emagrecer mesmo com o uso de medicamentos e mudanças na rotina alimentar. Nesses casos, a análise genética pode fornecer informações mais detalhadas sobre o paciente, esclarecendo algumas dificuldades que ele possa ter para emagrecer.

Como funciona a dieta do DNA

Para fazer a dieta do DNA, primeiro é preciso conversar com um endocrinologista, nutrólogo ou nutricionista, que pedirá o exame. Na maior parte das vezes, ela é indicada para pessoas com obesidade resistente, ou seja, que não estão respondendo a tratamentos com medicação ou mudança na alimentação.

O passo seguinte é fazer a coleta do material genético que será enviado para o exame. O material pode ser retirado tanto do sangue quanto da saliva, já que o DNA é sempre o mesmo em todas as células. Veja como é cada uma dessas coletas:

A coleta de sangue pode ser feita em qualquer laboratório e não é preciso estar em jejum ou qualquer tipo de preparo.
A coleta de saliva deve ser feita após 30 minutos de jejum, para que não haja nenhum alimento na região que contamine o material.

Depois o material é enviado para a análise. Alguns marcadores genéticos associados com a nutrição (como obesidade, diabetes, intolerâncias alimentares) são selecionados e analisados, não sendo necessário sequenciar o DNA inteiro. Com isso, o resultado pode ficar pronto mais rápido. Ainda assim, alguns laboratórios podem dar um prazo de 40 dias para entrega da análise pronta.

O laudo apresenta os genes avaliados em cada perfil, as características genéticas do paciente, bem como a descrição de cada gene. De acordo com os resultados de cada perfil, é feita uma interpretação dos riscos e são apresentadas sugestões nutricionais para que o profissional possa adotar um plano alimentar de acordo com os resultados genéticos aliados a outros dados avaliados.

Depois é importante que o exame seja avaliado pelo profissional de saúde que pediu a análise. Por mais que o laudo já traga sugestões de alimentos e nutrientes e de atividades físicas conforme o perfil genético identificado, o médico ou nutricionista também levará em conta outras características encontradas na avaliação global do paciente. Por exemplo, um laudo pode mostrar que o paciente tem facilidade para absorver gorduras, mas se ele tem colesterol ou triglicérides altos, isso também precisa ser levado em conta na hora de mudar a dieta.

Vantagens da dieta do DNA

Mais informações sobre o paciente: por mais que a análise do DNA mostre mais tendências do que fatos sobre o paciente, ela pode dar novas informações ao médico ou nutricionista que interpretar o exame. Por exemplo, existe a análise de um gene que muda a sensação de saciedade do paciente, fazendo com que ele demore mais para se sentir satisfeito. Portanto, quem tem essa alteração pode:

Recomendações personalizadas: as dietas comuns são baseadas em recomendações gerais de nutrição para toda uma população, no entanto nem sempre as pessoas respondem a essas recomendações da mesma forma. A análise da dieta do DNA permite detectar alimentos e nutrientes importantes para cada perfil.

Vai além da alimentação: alguns genes analisados verificam outras características do paciente relacionadas à perda de peso. Por exemplo, há um gene que mostra se a pessoa possui fibras musculares rápidas, lentas ou mistas, e isso influencia em como ela responde a cada tipo de exercício físico, possibilitando uma recomendação personalizada de treino.

Não serve só para emagrecer: a dieta do DNA pode trazer estratégias para ajudar pessoas que tem dificuldade em ganhar peso, pois analisa o metabolismo como um todo, podendo trazer pistas de por que o ganho de peso está sendo dificultado.

Desvantagens da dieta do DNA

Preço: o valor dos exames tem caído, no entanto, ainda é bastante caro solicitar essa análise genética da dieta do DNA. Portanto, não é todo paciente que pode lançar mão desse tipo de recurso.

Ainda está em desenvolvimento: todos os especialistas apontam que ainda há genes e polimorfismos para serem conhecidos, já que eles costumam variar conforme a população. Podem haver inclusive outros genes e polimorfismos que invalidem os já descobertos.

Além disso, os brasileiros têm uma desvantagem a mais, devido as altas taxas de miscigenação do país. Isso faz com que os polimorfismos variem bastante até mesmo internamente, o que pode tornar a análise menos confiável. Portanto, é importante fazer esse tipo de análise em laboratórios que tenham como base a população brasileira. Logo, enviá-los para empresas estrangeiras pode trazer resultados equivocados.

Riscos da dieta do DNA

O maior risco da dieta do DNA está na escolha do profissional que analisará os resultados. Se interpretada de modo equivocado, a dieta personalizada pode causar danos e prejuízos ao paciente. Por isso, é de extrema importância o acompanhamento por um profissional capacitado. Até por que o profissional deve levar em conta uma análise global do paciente, já que o ambiente pode influenciar na genética. Por exemplo, um paciente que tem genes que apontam uma absorção boa de carboidratos, mas é diabético, não poderá consumir carboidratos em altas quantidades!

O Conselho Regional de Nutricionistas (CRN3) publicou um parecer técnico nº 9 em abril de 2015, relatando sobre os testes genéticos em nutrição e sua aplicação na clínica, atribuindo aos profissionais capacitados a responsabilidade de fornecer aos pacientes informações verdadeiras e bem interpretadas.

Recomendação

Por mais que a dieta do DNA seja personalizada, é importante lembrar que essa técnica ainda está sendo estudada e muito pode evoluir e mudar nas análises do DNA para estas e outras finalidades. "Por mais que esses testes tragam informações relevantes, eles não retratam a genética como ela realmente é. O recado mais importante é que existem muitos de genes envolvidos no metabolismo. Cada fase de absorção e uso dos nutrientes tem centenas e até milhares de genes envolvidos. Se encontro um que está com defeito, pode ser que exista outro ainda desconhecido pode estar suprindo isso. Portanto, o DNA é muito mais complexo do que imaginamos", ressalta o geneticista Ciro Martinhago.

Fontes consultadas

Geneticista Ciro Martinhago, diretor da Chromosome Medicina Genômica em São Paulo e membro da equipe de genética do Hospital Albert Einstein 
Endocrinologista Andressa Heimcheber, doutoranda em Endocrinologia e Metabologia pela Universidade de São Paulo (USP) 
Geneticista Monica Yamada, nutrigeneticista do Centro de Genomas

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Efeito sanfona: saiba como se livrar desse mal!

Muitas pessoas emagrecem e depois recuperam os kgs perdidos, sofrendo assim do famoso efeito sanfona. Endocrinologista explica como manter o peso ideal sem fazer dietas absurdas; confira!


O efeito sanfona acompanha a maior parte das mulheres ao longo da vida. É muito comum ganhar uns quilinhos, depois perdê-los, mas, oscilações muito grandes e constantes podem se tornar perigoso e nada saudável.

Famosas como Christina Aguilera, Mariah Carey e Jessica Simpson já sofreram ao longo da carreira com o efeito sanfona e tentam manter o peso ideal atualmente. Realmente, não é fácil manter a forma sempre, principalmente com a rotina corrida e cheia de compromissos e obrigações que as pessoas têm nos dias de hoje. Mas, unindo com equilíbrio alimentação saudável e exercícios físicos, fica mais fácil não sofrer com este "mal".

Para entender como o efeito sanfona funciona e como realmente deve ser uma dieta equilibrada, o endocrinologista Pedro Assed, Membro da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), respondeu 3 dúvidas bem comuns sobre o tema; confira!

É possível combater o efeito sanfona? Como?

"A maioria das pessoas passa por efeitos sanfona na vida, pois adotam hábitos saudáveis apenas por pequenos períodos de tempo e depois voltam a adotar um estilo de vida ruim. 
Outro fator que facilita o efeito sanfona é a adoção de dietas da moda, que na maioria das vezes são nutricionalmente inadequadas. 
O combate ao efeito sanfona passa pela adoção de hábitos de vida saudáveis que devem ser incorporados por períodos longos e de preferência de forma contínua, como a pratica de exercícios físicos, cessação da ingestão exagerada de álcool, cessação do tabagismo, implementação de dieta regrada com alimentos integrais, com alimentação de 3 em 3 horas mais fracionada e evitando abusos de carboidratos. Com isso, e bastante liquido durante o dia, pode-se chegar ao emagrecimento saudável e duradouro".

Como o metabolismo reage a constante oscilação de peso?

"Cada tentativa frustrada de perda de peso e posterior reganho, faz com que as próximas tentativas de perder peso se tornem cada vez mais difíceis. O peso corporal assim como a temperatura e a pressão arterial são controlados pelo sistema nervoso central, especificamente pelo hipotálamo, através de conexões neuronais que interpretam os estímulos externos e as variações hormonais internas adaptando/regulando a nossa fome e saciedade. Essa regulação do peso é lenta e constante, e hoje já se sabe que, quanto mais rápido e duradoura for a intervenção para perder peso, mais fácil ficará a luta contra a balança".

O que faz emagrecer e engordar com facilidade? como dar um basta nessa oscilação?

"O que faz emagrecer são hábitos saudáveis como pratica de atividade física e alimentação de produtos integrais e lights a cada 3 horas. Já para engordar basta haver transgressões alimentares frequentes, como comer chocolates, frituras ,doces, fast-foods e carboidratos com frequência. Ficar longos períodos sem se alimentar, pular refeições, beber pouco liquido durante o dia, alimentação com excesso de gordura e carboidrato principalmente a noite e ingestão de bebidas durante as refeições são erros comuns que com certeza levam ao ganho rápido de peso".