sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Proteínas magras acrescentam anos de vida saudável

Uma dieta rica em nozes, frango e peixe pode prolongar os anos de vida. Já o consumo de carnes vemelhas, ovos e laticínios agrava muito os riscos para a saúde derivados dos maus hábitos de vidaEis uma mistura explosiva e fatal: o consumo de carnes vermelhas, ovos e laticínios associado a hábitos de vida desregrados!

Um estudo da Universidade de Harvard, publicado na revista Journal of the American Medical Association(JAMA), revela que um ritmo de vida associado a fatores de risco - consumo de álcool, tabaco e excesso de peso - em conjunto com o consumo de carnes vermelhas pode ser bastante prejudicial para a saúde. E até fatal.

No entanto, quando o consumo de carnes vermelhas está associado a pessoas com um ritmo de vida saudável - alimentação equilibrada e prática de exercício físico - os efeitos negativos da proteína animal são francamente menores.

"Esperávamos encontrar ligações mais fracas no grupo em que as pessoas têm um estilo de vida saudável, mas não estávamos à espera que o risco não existisse”, disse um dos autores, Mingyang Song, em declarações publicadas pela agência de informação France Press.

Apesar de tudo, os resultados levam os investigadores a aconselhar as pessoas a consumir carnes brancas e peixe: 

"As nossas descobertas sugerem que as pessoas deveriam comer mais proteínas vegetais do que proteínas animais e, quando tiverem que escolher entre fontes de proteína animal, o peixe e o frango serão certamente as melhores escolhas”, referiu o investigador. 

Ovos e latícínios também pesam !

O estudo revela ainda não serem apenas as carnes vermelhas a estar associadas a um risco negativo para a saúde humana, especialmente quando consumidas por quem tem hábitos de vida pouco regrados. De acordo com os investigadores, os ovos e os laticínios também podem ser prejudiciais para a saúde.

O estudo avaliou mais de 130 mil indivíduos, através de observação e questionários. Uma amostra que, contudo, não é considerada como concludente para o médico Ian Johnson, do Instituto norte-americano de Investigação Alimentar.

Para este especialista, faltou à investigação analisar os processos biológicos dos indivíduos.

"[O estudo] Está longe de ser claro quanto ao facto de as proteínas vegetais serem ou não benéficas, ou se as proteínas animais são prejudiciais para a saúde, ou se esses níveis de proteína são simplesmente marcadores para uma outra coisa."

O estudo revela ainda que a taxa de mortalidade mais baixa foi registada entre pessoas que ingerem proteínas através de pão, cereais, massas, feijão, nozes e leguminosas.

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